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Ilíada - Poemas de Beto Felix



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Categoría: Poemas de Amor
Ilíada
Poema publicado el 26 de Septiembre de 2011

Oh meu amor, donde estás que não vejo?
Em que mundo, em que astro alcova o beijo,
- Por qual eu grito?
Desde a luz da lua até o candor d’aurora,
De meus áureos tempos e após o agora,
- Ainda sinto!

Qual viajante de paradeiro incerto,
Marujo ao mar e também no deserto,
- Viajei por ti!
Castigante sol por sobre o areal,
E no branco inverno co’aurora boreal,
- Sucumbi!

Lembrança. Única sombra que permanece,
Nos átrios do peito, que não te esquece,
- Delirante!
Morada sóbria que ao alvor arqueja,
Florete amargo no pulsar dardeja,
- O amante!

Não quero o solo da terra ingrata,
Nem mesmo os campos da formosa Esparta,
- Onde te amei!
Não quero os sóis do calor maldito,
Ruínas dos templos do antigo Egito,
- Donde aportei!

Folhas ao vento do bonsai cipreste,
Indochina e o grande Everest,
- No Oriente!
Flâmula do sol em um reino antigo,
Cidade proibida e o rei menino,
- Imponente!

Nem a Catedral, no badalar do sino,
Nem os cantos chorosos do beduíno,
- Me comovem!
Ruínas esparsas, cidades antigas,
Calor infernal nas dunas rijas,
- Que movem!

Como você, num trilhar calado,
Viaja nas brumas e no medo alado,
- Foges de mim!
Nem mesmo a selva e a infinita Savana,
No charco úmido e na atroz caravana,
- S’escondem assim!

Não mais suporto. Sucumbi como ele em Canaã.
Às portas do Céu, no sufocante afã,
- Foi-me a vida!
E o aroma, o toque na grinalda pura,
O beijo último da boca que procura,
- Minha Ilíada!


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