Aprisionado num charco
O sapo que nem príncipe foi!
Olhos grandes, ar pesado.
Todo o leve, já se lhe foi.
Brabuleta ou mosquito,
D’aranha catado!
Retorce o seu corpito…
Nada lhe vale.
Coitado…
Mas os olhos sabem chorar
Ver,
Também pensar!
Torcer por um sentido
Que busca sem encontrar.
Mas busca
E busca
Quer, não pode parar
Um rato!
A migalha caída,
Gala sem fato.
Umas calças sem medida.
Mas, talvez alguma vez…
Dê uma volta sem ida.
P’ra procurar na vida
Aquilo que nos fez.
A madeira do tabuado
O desencontro do achado
O sentir de ser amado
Sem passar por peneira.
Jogado ao ar na eira
Vento sul vento norte…
!
Morrer não é sorte.
Quedar quieto também não,
Esperar a ilusão
Da razão dos sabidos.
Que disseram em tempos idos
A fome,
Mata-se com pão!
¿Te gustan los poemas de este autor?
Ayuda a dar a conocer su obra:
Ayuda a dar a conocer su obra: