Sentinela da solidão - Poemas de Agamenon Troyan

Sentinela da solidão
Poema publicado el 29 de Mayo de 2009

SENTINELA DA SOLIDÃO

Você nunca me viu
E nunca me amou;
Jamais soube o meu nome.

Sempre estive ao seu lado,
Ouvindo seu primeiro choro,
Presenciando os primeiros passos...

Uma vez ao beijar-lhe o rosto
Somente uma impressão me restou:
“Meu diálogo com o silêncio tornara-se vazio
Mas transbordava em alegria com a sua presença”.

Como um sentinela
Eu te protegi dos encalços,
Sussurrei-lhe conselhos
Que você não recusava.

Aqui fico a me torturar
Testemunhando a vida passar.
Calado aqui permaneço
Encarcerado com os meus erros.

Um dia eu a ouvirei
Pronunciar o meu nome.
E quando isso acontecer
Em meio às sílabas terei cumprido minha sentença.

Poderei sair... Ser livre!
Conhecerei a felicidade
Que um dia me abandonou.

Por isso cresça e seja feliz.
Esteja em boa companhia
Para que não cometa
Os erros que eu cometi.
Te amo para todo o sempre,
Minha filha.


*Del libro “O Anjo e a Tempestade”
(Agamenon Troyan)


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