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Ironoa - Poemas de Miguel Vieira



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Ironoa
Poema publicado el 04 de Octubre de 2010

Só escrevo poemas
Quando estou triste
Será fato ou mediocridade?
Não saber expressar tudo
O que o coração sente
Mesmo sabendo que tudo
Está na mente
Resumo os dias
Acordo cedo e lavo so pratos
Pego a faca e penso em cortar
Os pulsos...
Seria uma cena muito
Trágica para as crianças verem
Jogo a faca em cima dos
Outros talheres
Continuo a lavar a louça
Olho a para o detergente
Abro a tapinha para beber
Mas sei que vou apenas passar mal
E não morrer... Desisto por
Hoje das ideias suicidas...
Vou tomar café
Como tudo que não devo
Por que todas as coisas deliciosas
São fatais?
Lembro de tomar os remedios
Na geladeira nunca tem água
Não tem nada pior viver em
Sociedade e extremamente só!




Poetisa 2

Não posso mais pensar
Só gritar...
Chega de dor, loucura e solidão
Tão profunda é essa tristeza
Faz devassa do meu amor
Coloca meu coração
Em altar insano
Pisa, destrói essa esperança
De sonhos e amores.



Aniversário

Jovens deleitam-se
De sxo e álcool
Adoram a Baco
Suplicam gozos
Diabolicamente...
Suavizam o desejo
Transformam sentimentos
Rudimentares em algo poético.





Distante

Os pássaros começam a cantar
Ainda é cedo para quem dorme
Ou muito tarde para os
Que passam acordados
A solidão tirana
O frio cortante
A dor e o amargo da boca
E da vida
Na madrugada ouço
Fados portugueses
São lindos e dramáticos
Como sou fatalista e, vulgar.



Recife Now

Andei pelas ruas da cidade
A procura do amor
Encontrei apenas a solidão
Companheira dos loucos
Nessa cidade miserável
Não encontra-se comida
Apenas carteiras de cigarros vazias
Sinal que a tristeza já
Andou por aqui
Pela primeira vez na vida
Entendi Nietzsche
Pela dor e abandono
E, percebi que ele de fato
Foi o percussor do nazismo
Só se ler Nietzsche com
Muito ódio...
Minhas lágrimas invisíveis
Avisam-se para ter cuidado
Com esse sentimento
Sabe que mesmo negando
Ainda sou: suicida!


34 anos de pura solidão


escrevo nas madrugadas
poemas solitários
e, famintos
sou mediocre como poeta
infeliz como homem
parto amanhã
para a cidade desconhecida
para a rua da saudade s/n
no país da ilusão.


Melancolia

Eu entre os girassóis
De amarelo intenso
Com cheiro de poesia
Cada dia sinto os fatos
E, suavizo os tons
Jardins de visões
Em meus vários dias de solidões
Estou cansado
Essa é a palavra mais
Verdadeira que posso dizer agora
Estou cansado
E, uma imensa tristeza toma
Conta do meu corpo
Até os ossos doem
Até a alma sai.


Prólogo

Meus dias mudam
eu também...
relendo antigos poemas percebo minha fragilidade e depressão,
talvez só um nome para a tristeza, não vou destroir esses
velhos poemas, eles são necessários para provarem
o quanto eu estava errado e certo para determinados
sentimentos, meu coração é rua deserta,
mais, para olhos e ouvidos atentos,
percebem-se sons de pássaros, folhas caídas ao vento,
cães latindo, mangas semi podres jogadas a esmo e uma
sensação de presença divina, meus olhos tentam
contemplar só a alegria, coisa pelo qual deveras dificil,
estou evitando palavras de dores, se não posso sorrir o tempo todo,
mais seria pior mostrar só lamúrias, suavizo meus dias,
sem grandes ilusões, contudo muitas vezes necessárias, estou em paz,
cultivando a tolerância, fruto tão desejado e elo de uma longa vitória,
sou um novo Homem  e que o criador possa preencher-nos de
sabedoria, beleza e amor, monstrando que toda a aridez
de uma vida pode se tornar oásis.


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